O Devónico é um dos períodos da
era Paleozóica, que por sua vez se insere no éon Fanerózoico. Este período está
compreendido entre os 416 M. a. e os 352 M. a. Neste período incluem-se as
séries do Devónico inferior, Devónico médio e Devónico superior.
Relativamente às orogenias
ocorridas neste período destaca-se a união entre os continentes Laurentia e
Báltica, formando a Euramérica e que reduz o número dos continentes até aí
existentes. Ficam então a existir três continentes (Euramérica, Sibéria e
Gondwana). Verifica-se também o inicio da migração dos continentes para a
futura formação do único continente, a Pangeia. O Clima era quente e o nível
dos oceanos era alto, o que possibilitou que muitas terras fossem invadidas por
mares rasos, onde proliferaram os grandes recifes de coral.
Relativamente a fauna existente neste período pode se
afirmar que: ocorre a proliferação dos peixes, surgem os primeiros peixes com
mandíbulas, surgem os primeiros tubarões que assumem o controlo da cadeia
alimentar, surgem os primeiros anfíbios. Os insectos também têm um grande
desenvolvimento.
Quanto à flora é
neste período que se formam os primeiros bosques de pré-gimnospérmicas. Existe
também a proliferação das florestas, devido ao facto de não existirem praticamente
animais herbívoros nenhuns, e também ao facto de absorverem muito menos
quantidades de dióxido de carbono e bombearem para a atmosfera muito oxigénio,
factor essencial para o desenvolvimento da vida terrestre no nosso planeta. É
denominado ‘período dos peixes’.
Por outro lado, o Carbonífero está compreendido entre 359 M. a. e 299 M. a.
As suas séries são o Mississípico (Principio do Carbonífero) e o Pensilvânico
(Fim do Carbonífero). Neste período podemos assinalar o inicio do encerramento
do oceano que dividia a Euramerica e o Godwana, formando as montanhas Variscas.
Existe também neste período uma glaciação no polo sul. Mais tarde, ainda neste
período, os continentes ,que actualmente formam a América do Norte e a Europa,
colidem com o Godwana e formam a parte Oeste da Pangeia. Relativamente ao
clima, no principio do Carbonífero o hemisfério Sul começa a arrefecer e à
medida que a Pangeia se move para Norte, o clima começa a mover-se para sul. Os
desertos da América do Norte começam a contrair e as florestas tropicais
movem-se para Sul. Já no final do Carbonífero a Pangeia, possuía florestas
tropicais no Equador, que eram cercadas por desertos, tanto a norte como a Sul.
Quanto
à vida, existente durante este Sistema, é de salientar que nos oceanos os
recifes de coral e os invertebrados começam a florescer e diversificar, assim
como grupos de branquiopodes e amonites. As trilobites são raras e existe uma
espécie de substituição dos peixes, que dominaram durante o Devónico, por uma
diversidade de tubarões. Em terra, especialmente na parte ‘Euramérica’ e
equatorial da Pangeia é preenchida por florestas. O clima tropical proporciona
o crescimento das florestas que torna favorável a formação de carvão (daí o
nome deste período). Os insectos evoluem, devido à falta de vertebrados
terrestre (predadores) e à atmosfera rica em oxigénio. Já no final do período
os répteis adquirem a capacidade de se reproduzirem em terra.
Referencias:
Aula 13 de Estratigrafia e Paleontologia 2012/2013,
disponível no moodle.fct.unl.pt
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