segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

História da Estratigrafia



A palavra Estratigrafia deriva do latim stratum e do grego graphia. É o ramo da geologia que se preocupa com estudo e descrição dos estratos ou camadas de rochas, e procura determinar os processos e factores que as formaram. Procura organizar os estratos, com base nas suas características intresecas, para estabelecer uma relação espacial e a sua sucessão no tempo.
Atualmente é o International Union of Geological Sciences que gere toda a atividade e avanços da Estratigrafia a nível mundial. O conceito de Estratigrafia evolui bastante desde o seu início.
 

Datas
Acontecimentos
1669
·         Estabelecimento da base teórica da Estratigrafia
Séc. XVIII até séc. XIX
·         As primeiras aplicações práticas feitas em grande escala, feitas por William Smith
1913
·         Primeiro tratado de Estratigrafia (Graubau)
·         A Estratigrafia tornou-se uma ciência independente da Geologia
1917
·         Aplicação de técnicas radiometricas que possibilitaram a datação de absoluta das rochas.
1920-1940
·         Avanço no conhecimento das geometrias dos corpos sedimentares e estratificados
·         Desenvolvimento na prospecção petrolífera
·         Expansão notável dos aspetos litostratigráficos
Actualmente
·         Publicação de vários tratados e manuais que refletem as transformações conceptuais da estratigrafia moderna
  
Actualmente a Estratigrafia subdivide-se em 6 ramos especificados: 
Referencias: 
http://estratoblografia.blogspot.pt/2011/12/blog-post.html


Devónico & Carbonífero


    O Devónico é um dos períodos da era Paleozóica, que por sua vez se insere no éon Fanerózoico. Este período está compreendido entre os 416 M. a. e os 352 M. a. Neste período incluem-se as séries do Devónico inferior, Devónico médio e Devónico superior.

Relativamente às orogenias ocorridas neste período destaca-se a união entre os continentes Laurentia e Báltica, formando a Euramérica e que reduz o número dos continentes até aí existentes. Ficam então a existir três continentes (Euramérica, Sibéria e Gondwana). Verifica-se também o inicio da migração dos continentes para a futura formação do único continente, a Pangeia. O Clima era quente e o nível dos oceanos era alto, o que possibilitou que muitas terras fossem invadidas por mares rasos, onde proliferaram os grandes recifes de coral.
Relativamente a fauna existente neste período pode se afirmar que: ocorre a proliferação dos peixes, surgem os primeiros peixes com mandíbulas, surgem os primeiros tubarões que assumem o controlo da cadeia alimentar,    surgem os primeiros anfíbios. Os insectos também têm um grande desenvolvimento.

Quanto à flora é neste período que se formam os primeiros bosques de pré-gimnospérmicas. Existe também a proliferação das florestas, devido ao facto de não existirem praticamente animais herbívoros nenhuns, e também ao facto de absorverem muito menos quantidades de dióxido de carbono e bombearem para a atmosfera muito oxigénio, factor essencial para o desenvolvimento da vida terrestre no nosso planeta. É denominado ‘período dos peixes’.

Por outro lado, o Carbonífero está compreendido entre 359 M. a. e 299 M. a. As suas séries são o Mississípico (Principio do Carbonífero) e o Pensilvânico (Fim do Carbonífero). Neste período podemos assinalar o inicio do encerramento do oceano que dividia a Euramerica e o Godwana, formando as montanhas Variscas. Existe também neste período uma glaciação no polo sul. Mais tarde, ainda neste período, os continentes ,que actualmente formam a América do Norte e a Europa, colidem com o Godwana e formam a parte Oeste da Pangeia. Relativamente ao clima, no principio do Carbonífero o hemisfério Sul começa a arrefecer e à medida que a Pangeia se move para Norte, o clima começa a mover-se para sul. Os desertos da América do Norte começam a contrair e as florestas tropicais movem-se para Sul. Já no final do Carbonífero a Pangeia, possuía florestas tropicais no Equador, que eram cercadas por desertos, tanto a norte como a Sul.
            Quanto à vida, existente durante este Sistema, é de salientar que nos oceanos os recifes de coral e os invertebrados começam a florescer e diversificar, assim como grupos de branquiopodes e amonites. As trilobites são raras e existe uma espécie de substituição dos peixes, que dominaram durante o Devónico, por uma diversidade de tubarões. Em terra, especialmente na parte ‘Euramérica’ e equatorial da Pangeia é preenchida por florestas. O clima tropical proporciona o crescimento das florestas que torna favorável a formação de carvão (daí o nome deste período). Os insectos evoluem, devido à falta de vertebrados terrestre (predadores) e à atmosfera rica em oxigénio. Já no final do período os répteis adquirem a capacidade de se reproduzirem em terra.




Referencias:


Aula 13 de Estratigrafia e Paleontologia 2012/2013, disponível no moodle.fct.unl.pt